sábado, 13 de abril de 2013

Kiki




Podia dizer que é irónico identificar-me tanto com a Kiki (ela é sem dúvida a minha personagem favorita da Ghibli) visto a última peça de roupa que comprei, antes de vir para cá, foi uma t-shirt dela a dizer "Witch Delivery Service". E agora se me permitem vou ver se consigo encontrar esta animação e afogar-me nos meus próprios sentimentos.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

E a tinta era azul!

E eu juro que não andei a fazer sapateado em cima dela mas consegui sujar as calças de ganga todas com ela!

Parece impossível! Andei cheia de cuidado, a pintar devagarinho, a limpar as mãos num pano húmido, toda contente e quando chego a casa e tiro as calças parecia que as tinha posto dentro do balde.

Obviamente que eu sei que a tinta salpica mas ninguém estava a pintar ao meu lado, eu tinha um avental enorme posto e a lata estava ao nível do meu peito.

Alguém me explica como é possível que todas aquelas manchas tenham ido parar às minhas calças?

Estou a ponderar seriamente deixar a Andreia acabar de remodelar o quarto dela sozinha! (E já agora que mania minha é esta que sempre que algum familiar meu se muda, e/ou muda a casa, eu estou sempre lá metida a ajudar?)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O tempo

Estou cá há uma semana...
Parece que já passou um mês...

Nascem problemas, criam-se soluções. Nascem mais problemas, criam-se mais soluções...

Contas feitas e com tantos problemas que nascem não percebo a queixa geral da baixa da taxa de natalidade.

Por estes lados parece bastante alta!

terça-feira, 9 de abril de 2013

E a cola era para maiores de idade!

Como ainda não tenho muito que fazer (que é como quem diz, já fiz tudo o que podia activamente) ando a ser uma chata e a aborrecer as amigas da minha irmã para irem dar umas voltas comigo e hoje foi a vez da Andreia. 

Para minha sorte ela precisa de ir comprar cola para colar o papel de parede do quarto dela e ia a retail park que eu não conhecia e que existe para lá de Cheetham Hill (local do qual falaremos posteriormente, não se esqueçam dele) e que se chama Manchester Fort Shopping Park.

Tivemos de apanhar dois autocarros, trocando a meio, e lá chegamos ao retail. Como eu queria ir ver as lojas e a  Andreia ia levar um balde grande de cola acabamos por ir dar uma volta primeiro. Comprei finalmente umas almofadas e um lençol que estava a metade do preço vermelho e que sem dúvida vai ficar a matar com a minha colcha roxa (a matar, percebem?).

Bom, depois de termos dado a volta completa ao retail (que nos servirá para outro post) lá decidimos que era hora de ir buscar a cola! Entramos no Q&B que é uma espécie de Aki e lá andamos a ver os papéis de parede e em busca da fantástica da cola. Depois de duas voltas ao corredor lá achamos o balde de 10litros de cola que a Andreia queria.

Estava ela a confirmar que o balde tinha mesmo a cola que ela queria e não outra coisa qualquer quando eu reparo num autocolante vermelho em cima da prateleira dos baldes que diz em letras brancas que apenas pessoas maiores de 21 anos podem comprar aquele tipo de materiais e que caso pareçam ser menores de 21 lhes será pedido o BI.

E portanto, o que salvou a Andreia foi eu lá estar, porque a pobre rapariga com seus 19 aninhos e carinha de bebé não ia enganar ninguém. Quanto a mim, acho que assim que me viram pegar no balde as senhoras da loja se abstivera de pedir o BI.

Como se tudo isto não desse já uma aventura por si, quer dizer, a cola era para maiores de idade?, o senhor do autocarro não nos queria deixar entrar com o balde da cola sem o mesmo estar devidamente colocado num saco e pousado no chão para não derramar. A nossa sorte foi o saco das almofadas que era enorme e serviu para por a lata dentro enquanto o resto do autocarro nos observava em silêncio.

É caso para perguntar, que raio teria aquela cola que a Andreia precisava?

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Olha o fiambre!

Por vezes penso que devia virar vegetariana. Sei que faria maravilhas em relação ao meu peso porque não gosto praticamente de legumes nenhuns e teria de andar a barritas o que seria horrível mas bom, ao menos seria vegetariana.

O que nos leva à situação engraçada do dia. Como omenivera que sou não dispenso uma boa sandes com fiambre. Principalmente se o fiambre for do bom e por isso lá me pus eu a caminho das compras para adquirir um pedaço de fiambre (bom, na realidade queria fatias mas vocês percebem o que quero dizer).

E lá estou eu em busca de fiambre e subitamente tenho duzentas opções à minha frente (e estava só a olhar para os pré-embalados que na charcutaria tinha mais opções). Fiambre cozido, fiambre assado, fiambre assado com mel, fiambre curado com mostarda, fiambre de Yorkshire com nem sei bem o quê, fiambre fumado com mais não sei o quê e nem vou entrar no chamado fiambre de frango, porque esse então era outra secção que me parecia um pesadelo.

E eu agora pergunto: Quando eu peço fiambre da pá ou da perna extra em Portugal esse fiambre é assado ou cozido? E tem osso? Porque eu aqui posso pedir fiambre e ainda se vê o osso onde ele vem agarrado! 

Bom, depois de tanta opção acabei por trazer o fiambre assado com mel e não foi uma má opção de todo. Trouxe também umas fatias da charcutaria que são tão grossas que mais parecem bifes e são, efectivamente aqui dou o braço a torcer, fantásticas para se por nas sandes porque as enchem bem.

A minha vegetariana interior ficou um pouco aborrecida por eu me ter dado bem mas bom, trouxe uns quantos legumes para ela ficar satisfeita...

sábado, 6 de abril de 2013

Coisas que são "eu"

Há coisas que me apanho a fazer e/ou a viver uma e outra vez. Não importa o país, não importa o ano. 

Portugal, China, Inglaterra... Em todos eles comi hamburgeres de rua, em todos eles alguém toca música na rua debaixo da minha janela...

Parece estúpido mas são coisas como estas que me dão alento!

Ps. Até agora nada bateu o hamburger da China, apesar de os ingleses serem muito bons! (Os celtas e os de lake districk especialmente, ainda lá vou comer outro no domingo! xD)

(Tenho de me ir inscrever no ginásio que fica a caminho da casa da Andreia!)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O preço das coisas

Creio que mudar-me para aqui custou mais do que aquilo que eu imaginava. Sinto a minha coragem completamente zerada e não a vejo a crescer nos tempos mais próximos.

Ainda hoje fiz umas figuras tristes na cozinha a contar mentiras atrás de mentiras e não sei bem porquê. Entrei em pânico e foi o que me saiu, até tenho vergonha de pensar nisso.

E a comida? Vamos não falar nos níveis astronómicos de comida que tenho comido. Tenho de parar com isto depressa senão daqui a bocado não é o 18 que me serve, é o 28! Argh!

A minha única consolação é o meu querido Percy Jackson (daí a imagem) e todo o seu sass! A ver se recupero alguma da minha coragem com ele e se me lembro que vivo na luz e não nas trevas...

(AH! E que já sou uma adulta e não faço parte de uma série de tv ou algo assim... É capaz de ser importante também...)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Terapia à chegada

Antes de vir para cá a minha irmã Joana comentou comigo que lhe parecia que eu me estava sempre a ir embora. Primeiro para a universidade a 400km de casa, depois para o estágio do outro lado do mundo, depois em férias por todo o lado e agora para trabalhar no estrangeiro.

A minha irmã Gabriela (a quem estou a roubar o quarto) aproveitou para comentar que se o Aeroporto tivesse um cartão de cliente frequente a nossa mãe seria das clientes mais assíduas (na secção das que nunca chegam a entrar em aviões).

Por entre os risos e os gracejos tenho de admitir que percebo o que a minha irmã Joana quis dizer, eu também sinto que passei a vida toda a partir e a voltar, a partir e a voltar, como se fosse um yo-yo, mas agora parece que a corda quebrou e eu vou ficar por onde aterrei (pelos menos por uns tempos).

Apesar de andar muito para cá e para lá, sempre que viajo e chego a um sítio novo onde vou ficar tenho de passar por uma fase terapêutica de compras. É mais forte do que eu preciso de entrar em qualquer lado e comprar algo! Normalmente as minhas compras restringem-se a dois tipos de loja, livrarias e supermercados. 

Assim sendo, quando cheguei e verifiquei que a net e tudo o mais estava em ordem (outro vício sem o qual já não vivo!) peguei em mim e fui comprar comida para por no frigorífico e livros para por nas prateleiras. Nada como começar logo a tornar este quarto um pouco meu também (Deus tenha pena da minha irmã que ela sofre) e dentro de um mês e meio terei de tirar tudo aqui de dentro e mudar-me (ou para outro quarto) ou para uma casa sozinha...

Hmm.... Talvez esteja na altura de abrir aquele pacote de brownie bites que comprei, afinal quando tudo o mais falha apenas chocolate pode salvar o dia!

Aeroporto: Upss lá apitou o detetor!

E lá estava eu finalmente no aeroporto. Super carregada com uma mala de portátil, que além do dito cujo tinha dois livros pesados que tenho de ler este mês, e uma mala normal de senhora que tinha lá dentro a bíblia que é o The Lost Hero em capa dura do Rick Riordan.

E que estava eu a fazer? A correr pois claro! Tudo porque sou uma stressada e estavam umas filas que nem imaginam para o detector de metais. Corri para o check-in para deixar a mala, corri para a fila de verificação dos bilhetes e quando estava a passar no detector de metais ele apitou e eu fui parada.

Já lá dizia a minha mãe em bom português, quanto mais depressa mais devagar, e como que para lhe dar razão quanto à conversa que tinha tido comigo uns dias antes, não só tive de fazer strip (casaco, cachecol, cinto e botas) como ainda tive direito a ser apalpada de cima abaixo pela segurança.

Isto é que é começar depressa! Ainda nem tinha saído do país e já os piores pesadelos da minha mãe tomavam forma...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Antes de Partir: A conversa da minha mãe

Antes de nos "fazermos à vida", como nas histórias, existe sempre um ancião que nos traz palavras de sabedoria como presente (a não ser claro que este seja o Velho do Restelo mas a esse todos fazemos ouvidos de mercador).
Na minha família as minhas avós deram-me força e desejaram-me o melhor e eu pensei que já tinha ouvido as minhas palavras de sabedoria que me iriam guiar na minha viagem mas a minha mãe mostrou-me que eu estava errada.

No fim de um jantar de família normal, agarra-me no braço e dá-me a entender que quer falar comigo. A família sai lentamente da mesa até que só eu e a minha irmã Gabriela ficamos. A cara da minha mãe fica séria e olhando para mim nos olhos diz-me:

"- Filha se mudares de ideias e precisares de voltar, voltas, ok? Não te prendas por nada! Se precisares de ajuda ligas para a mãe e eu pago-te o bilhete...
Eu - Oh mãe obrigada mas...
Mãe - Não tens de recorrer a nada para pagar o bilhete, ouviste?
Eu (piscando os olhos) - O quê?
Mãe (de olhos muito abertos) - Sabes bem do que te estou a falar! Nada de te meteres onde não deves, um bilhete de avião não é assim tão caro!
Eu - Mãe achas que eu vou virar prostituta para pagar um bilhete de avião?
Mãe - Tuas palavras não minhas!
(A minha irmã Gabriela ria-se que nem uma desgraçada por esta altura)
Eu - Mãe que palavras? Que mais sentidos podia isso ter? Drogas?
Mãe - Tu sabes bem do que falo!
Gabriela - Sente-te orgulhosa, a mãe acha que serves para prostituta..."

E agora? Sinto-me ofendida, reconfortada ou a Julia Roberts no Pretty Woman?

 

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